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O estilista Airon Martin recebeu autorização da família de Jorge Amado para explorar a obra icônica TIETA DO AGRESTE em sua nova coleção, nesta quinta-feira (24) de abril, na Fundação Bienal em São Paulo, no Parque Ibirapuera, para o desfile, que inaugura a nova fase da etiqueta pós-rebranding,
Misci trouxe à passarela uma vibrante homenagem ao Brasil, com a presença da atriz Betty Faria para cruzando a passarela.

Diversas celebridades estiveram prestigiando a marca, como a apresentadora Luciana Gimenez, os atores Pedro Waddington, Theodoro Cochrane, Rômulo Estrela, Sérgio Marone, Rodrigo Lombardi e João Guilherme, as atrizes Mariana Ximenes, Maria Casadevall, Livia Silva e Gabi Medeiros, João Silva, e a irmã Lara Silva,
João Lucas e Sasha, as cantoras Simaria, Giulia Be e Roberta Miranda, os cantores Seu Jorge e Mateus Carrilho, os influenciador Vittor Fernando e GKay, os especialistas de mora Rener Oliveira, Rhelden Spirandelli, Dudu Bertholini, Glória Kalil, Arlindo Grund e Costanza Pascolato, a modelo é apresentada Isabella Fiorentino, Mk Pedro Rocha entre ouras personalidades. A proposta de Airon Martin foi evitar repetições e explorar um novo olhar sobre o arquétipo de Tieta. "Ela é uma mulher sensual, levemente agressiva, progressista, sexy, moderna e contemporânea. [...] Essa mulher é do futuro — ela não é do passado", completou.

Nessa temporada, a Misci explora a figura de Tieta como uma mulher forte e independente, que luta contra adversidades e defende suas raízes e valores. "Quem seria ela, se nascesse hoje?", questiona o designer como premissa pra celebrar comunidades que preservam territórios naturais e promover um diálogo sobre a coexistência entre progresso e preservação.

O vermelho vibrante, marrom, preto e estampas, tecidos fluidos trouxeram as características de Tieta.
A personagem, criada por Jorge Amado e imortalizada na televisão por Betty Faria em 1989, serviu como fonte de inspiração para a coleção apresentada.

Nos pés, os modelos apresentam também a nova colaboração entre Misci e Paula Torres, que incluem mules, scarpins, botas e sapatilhas, com detalhes que remetem à obra de Jorge Amado. Entre os destaques, estão a sola em borracha das sapatilhas e scarpins em forma de dunas inspiradas no Mangue Seco, e o uso de couro de pirarucu, que reafirma o compromisso com a sustentabilidade.

A atriz Betty Faria aos 83 anos, reviveu Tieta para a passarela da Misci, e compartilhou a emoção de viver esse momento, justamente no ano em que a TV Globo completa 60 anos: “Estamos aqui nos bastidores do desfile. Estou muito feliz…Eu inaugurei a Globo! Nunca imaginei estar vivendo isso. É uma surpresa, um encantamento. E uma gratidão aos deuses… Eu tenho a impressão de que ela trouxe os valores. Os valores com alegria, sem queixume. Ela trouxe valores de uma mulher. Valores antigos. Preconceitos — tudo com alegria. E com muita verdade.”

"Minha mãe é muito Tieta, minhas tias são muito Tieta e as mulheres em volta de mim são muito Tieta. Tieta se conecta muito com a minha história, e foi um dos motivos para a própria família do Jorge Amado liberar o título", contou Airon em entrevista exclusiva à Vogue Brasil. "Tieta é uma das personagens mais importantes da nossa literatura. Para mim, é sobre acreditar em um Brasil que se preserva de forma profunda"; completa Airon.

Além de marcar a nova fase da Misci, a coleção também é a primeira feita no ateliê próprio da etiqueta, inaugurado em dezembro do ano passado, no bairro de Perdizes.Entre as parcerias, vale prestar atenção também às estampas criadas por Elian Almeida e Gabriel Azevedo. Enquanto o primeiro criou a obra Mangue Seco, que surge como um vislumbre de Tieta na visão do artista em peças-chave da coleção, aplicada em lenços, vestidos e camisas, o segundo assina a estampa Kama Sutra em peça única.